quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

" ... Que bom Senhor ir ao teu encontro .... "

   Passaram-se três semanas de uma benção que aconteceu na minha vida. Eu, que já tinha desistido de tantas coisas por medo, dessa vez a fraqueza não venceu. Depois de dizer "não" várias vezes, agora foi a hora de entregar o meu sim. E não me arrependo.
   Depois de três dias iluminados, cheios de amor e esperança, agora faço parte da família EJC. Faltava alguma coisa na minha vida e descobri o que é: faltava sentir verdadeiramente o amor de Cristo. Eu sei que o caminho é longo e difícil, lembro de tudo que já aconteceu comigo e, agora mais do que nunca, sei que nada foi em vão. "Deus tem um proposito pra tudo". Depois de provar o desamor alheio, chegou a vez de me entregar ao mais puro amor. Existem muitas barreiras que, perseverando, com certeza serão derrubadas.
   Esse encontro aconteceu no momento certo. Tanta coisa aconteceu nesse ano de 2014 que nada melhor do que colocar um ponto final em várias reticências. Não está sendo fácil. São muitas feridas que irão demorar parar cicatrizas e dores ainda serão amenizadas.
   Tanto carinho que recebi que ainda não caiu ficha, hahaha. Tudo tão mágico, especial. Estou me sentindo renovada, como se finalmente as coisas começaram a se encaminhar. Me sentia suja, fria, má. Bom saber que fui escolhida por Ele, que mesmo com todos os meus pecados, não me abandonou.
   Eu estava no escuro. O mundo me dominou. A raiva e o medo também. A solidão era a minha companhia. Nada me satisfazia por completo. Agora enxergo uma luz, que está me guiando e iluminando a minha vida. Não quero ser igual a antes, quero ser melhor. É a hora de ser o que antes nunca consegui de verdade: eu mesma.
  "Sou pecadora, meu Pai. Guia a minha vida, abençoa os meus passos. Faça a sua vontade prevalecer e acalmar meu coração."

"Teu começo parecerá pouca coisa diante da grandeza do que se seguirá." Jó 8;7

Beijo,
Mari.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

"Perfection is a disease of a nation."

   Ando tão cansada nesses últimos meses. Não é apenas o cansaço físico, mas sim o psicológico. E isso é estranho. Eu sempre fui leve, com uma maneira de encarar a vida totalmente diferente da qual encaro hoje. Sim, muitas coisas aconteceram e mudanças são inevitáveis, mas aceitar a mudança dentro de mim mesma tá sendo muito difícil.
   O fato de ser sentimental, exagerada e nostálgica, multiplica tudo o que eu sinto. Esse ano, especificamente, nesses últimos cinco meses, parece que passou um furacão na minha vida e modificou tudo. Não que isso seja ruim, mas também não é tão bom assim. Eu só queria ser respeitada e aceitada pelas pessoas que estão ao meu redor, mas parece que aceitar a verdade e respeitar a felicidade dos outros incomoda demais. Estou tendo que aprender a conviver com a infelicidade alheia e não está sendo nada fácil, pois eu achava que por ficar feliz com a felicidade dos outros e ser algo natural, as pessoas também seriam assim.
   Estão confundindo muito: não é porque eu estou sempre disponível para ajudar com palavras ou atitudes, por ter um jeito discreto de ser, por ignorar atitudes grotescas para evitar brigas, relevar comentários desnecessários, significa que sou boba, inocente, imatura ou até mesmo medrosa. Eu penso que as coisas tem o tamanho da importância que você dar, e, ultimamente, quero dar importância às coisas boas que de vez em outra aparecem na minha vida. Infelizmente já sofri com a maldade das pessoas, mas, ainda sim, acredito que não vale a pena nutrir essas coisas que só vão fazer mal ao meu coração.  
   Por tratar as pessoas de um jeito, achei que a recíproca ia ser da mesma forma. É, não foi. E conviver com isso me machuca, mas também me ensina, pois agora eu sei quem eu devo ou não devo dar o meu melhor.  Ter que trocar as prioridades da minha vida, retirar e colocar pessoas e coisas em seu devido lugar, tratá-las da mesma forma que me tratam, está me fazendo enxergar a vida de uma maneira mais realista e um tanto dolorosa. Pessoas e coisas tão importantes pra mim e hoje não são mais como antes.
   Choro sim. Choro porque queria que as coisas acontecessem de um jeito menos dolorido, queria ter um pouquinho de todo mundo que eu me doou sempre. Queria ser reconhecida pelo o que eu tenho de bom, não pelo os defeitos ou erros que já cometi. Queria ter as pessoas que eu amo por perto sempre, o tempo todo. Só para cuidar, proteger e amar. Dar o que eu tenho de bom e pedir para ter paciência quando as coisas ruins começarem a aparecer. Queria descobrir uma fórmula de ser “pouco”, porque ser sempre “muito” me cansa. Reagir aos acontecimentos de uma maneira mais fria. Não aguento mais chorar por ser tão frágil, mesmo fingindo ser forte. Minha atuação pode até enganar as pessoas, mas só eu sei o quanto sofro.  Queria que as pessoas parassem de esperar algo de mim que nem eu mesma sei. Parar de me cobrar por algo que não está ao meu alcance. Eu só queria ser livre das vontades alheias e da minha mente egoísta e confusa.
   Passei quase um mês fazendo um trabalho sobre o amor e o que as pessoas acham o que seja isso. Percebi o quanto eu não sei nada da vida. Sempre me considerei na linha entre "fofa" e "insensível", mas amor é além do superficial. Aprendi que amor é algo que não precisa ser dito, basta olhar nos olhos. As vezes as palavras somem ou parecem que não significam aquilo que realmente quer se dizer, e nada melhor do que um olhar e um sorriso para mostrar o que sentimos.
   Eu já não sei o que fazer. Meus sentimentos estão prontos para explodir em um choque de realidade que eu não sei se estou pronta pra sentir. Eu não sei. Não sei. Só sinto vontade de chorar, sumir e esperar alguma coisa que eu não sei mais o quê. Já esperei tanto, já pedi tanto e nada. Mesmo sabendo que esperar requer confiar em Deus, essa confusão na minha mente não me deixa encontrar a paz que sempre busquei. E vou ficar aqui, esperando, não sei o que, não sei até quando.

E seja o que Deus quiser.

" ... Shine the light on whatever's worse (Brilhar a luz sobre o que é pior)
Tryna fix something (Tentando consertar algo)
But you can't fix what you can't see (Mas você não pode consertar o que você não pode ver)
It's the soul that needs a surgery (É a alma que precisa de cirurgia) ... "

terça-feira, 8 de julho de 2014

"Você é mais forte que os seus medos."

   Sinto um enorme desconforto no coração. Talvez seja um incomodo passageiro ou talvez seja uma forma que ele encontrou de chamar atenção. Não sei. Só sei que há algo que eu quero falar, há algo que eu quero ouvir, mas não sei o que possa ser. Está faltando alguma coisa na minha vida e não enxergo o que é. Procuro em todos os lugares essa sensação de plenitude e só vejo tragédia, dor e confusão. Sinto falta dos momentos de felicidade que pareciam ser eternos, do sorriso escancarado no meu rosto que o deixava mais bonito e sinto falta da pureza que vivia em mim, e que ainda vive, mas não sei onde está. Deve está escondido por trás dessa pessoa que me tornei.
   Quando falo assim, dá a entender que eu virei uma pessoa ruim. Bom, não sei. Só sei que eu imaginava ser bem melhor que sou hoje. Ou menos complicada, tensa, grossa e piedosa. Os princípios que antes eram seguidos cautelosamente, hoje nem lembro quais são. Estranho ouvir quando alguém diz que eu mudei. Mais estranho ainda quando eu olho pra mim mesma vejo a certeza disso. Não significa que isso é ruim, até porque as mudanças servem para nos ajudar a crescer e amadurecer. Estou longe de ser uma pessoa madura e equilibrada como imaginava que seria, mas sei que cresci muito. Chega a ser contraditório, entretanto é a mais pura verdade.
   Tanta coisa aconteceu, tantas mudanças seguidas uma atrás da outra que, quando paro para pensar e refletir sobre tudo e todos, fico tonta com tanta informação. Em menos de um ano, parece que minha vida virou um furacão ou uma roda gigante que não para de girar. Um dos meus maiores sonhos de criança era ser uma adulta de verdade. Nunca gostei de meias verdades, de histórias pela metade. Achava que eu ia crescer e virar uma mulher digna de admiração e respeito. Quando eu realmente cresci (na idade), vi que a criança que eu era não ia admirar a mulher que virei. Não por ser má, mas pelo fato de ser tão complexa. Exagerada.
   Vejo os meus amigos e neles encontro meu ponto de equilíbrio e beleza na vida. Vejo que cada um está seguindo sua vida e o quanto cresceram com suas escolhas e consequências. E vejo que eu também cresci, junto com eles.
   Eu não sei lidar com o mau. Com gente má, com rodas de fofocas sobre a vida de alguém que não vai modificar em nada na minha vida, com pessoas querendo dizer o que se pode ou não fazer com sua vida. Te julgam por ser quem é de verdade. Te crucificam por querer uma coisa que eles não querem, como se fosse obrigado a ser como todos são. Infelizmente, não fui padronizada. Não penso igual aos outros e não ajo como tal. Me dói muito quando tenho que agir segundo essas pessoas, pois não posso desacatá-los. Espero sair dessa prisão de dependência e morte.  Torço para que o medo não me impeça de viver e que a coragem seja raizada na minha vida. Só assim serei feliz.
   Eu tenho que parar de ser assim, de agir assim, de querer assim. Tenho que aprender a controlar meus medos e ser eu mesma.

domingo, 29 de junho de 2014

Eu poderia, mas não posso.

   Eu poderia dizer o quanto estou triste, cansada e decepcionada com a vida e comigo mesma; Poderia dizer o quanto tudo está me magoando, me ferindo de uma forma triste; Poderia dizer, também, que não reconheço quem vejo no espelho, e por isso, evito olhá-lo; Poderia dizer o quanto fico triste em ver que a situação saiu do controle, que te machuquei com uma grosseria, atitude fria, carinho renegado. Eu queria muito dizer que essa não sou eu, que nem eu mesma queria virar “isso” que me tornei. Esse poço ambulante de tristezas e decepções. Esse muro de lamentações. Queria muito dizer, se necessário, gritar para que todos possam me ouvir, mas não é possível. Ando invisível, muda e esquecida ultimamente. Ninguém consegue me enxergar porque estou trancada em um lugar escuro, frio e silencioso. Um lugar que tudo que fiz (e faço) de errado, é jogado na minha cara, estampado em todas as paredes. Cada lembrança torturante, cada dor, cada sentimento. Você não irá enxergar, sabe por que? Eu escondo tudo isso em um sorriso. O que adianta me expor, desabafar, abrir meu coração, se ninguém quer ouvir? Queria dizer, mas não posso. Não posso porque estou sozinha, porque não há ninguém que por amor ou piedade, ouse me ouvir. Mas tudo bem, continuo seguindo a vida como se nada me importasse. Afinal, ninguém se importa comigo mesmo.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

"Quando voce deseja o bem, o bem te deseja também."

  Escrevo pra aliviar uma dor que não sai há algumas semanas, Escrevo porque isso está me sufocando e cada dia que passa vejo que não há solução para amenizar essa situação.
   Depois de muitas ilusões e inúmeras decepções, eu resolvi mudar. Ser qualquer pessoa, menos eu mesma. Achei que assim seria mais fácil encarar a vida, ignorando meus sentimentos.Dar mais importância ao superficial e me dedicar as outras áreas da minha vida, pareceu mesmo ser uma boa solução. Sim, o vazio incomodava, entretanto, eu sabia que "o momento certo ia chegar", e chegou. Aliás, já estava ali, ao meu redor, sendo o que não era pra ser, ocupando um lugar muito pouco para o que merecia.
   Eu vi florescer um sentimento em mim que há muito tempo eu não sentia. Eu vi na outra pessoa o que eu era antes de acontecer tanta coisa comigo. Eu vi uma esperança, uma alegria, e uma pessoa que era, na verdade, o meu espelho. O que eu era e o que queria ser. Por mais que eu esse sentimento fosse tantas vezes reprimido, foi impossível cortar pela raiz o que já virou flor.
   Nunca fui tão feliz e tão triste como estou sendo agora. Tudo aconteceu naturalmente, e quando fomos perceber, aquela amizade já tinha virado amor. Saber que tem pessoas tristes e magoadas por causa disso, me fere de uma maneira inexplicável. Eu que sempre fiz de tudo para levar o minimo de alegria na vida das pessoas, pois isso também me faz feliz, hoje, sinto como minha missão não tivesse sido cumprida. Ter que escolher entre a minha felicidade e a felicidade de pessoas que eu tenho um enorme carinho e respeito, me doeu (e doi) de uma forma trágica. Me sinto egoísta, má, fria. Mas, depois começo a pensar: será que eu não mereço ser feliz também? Se com ele ia ser ruim, sem ele seria pior?
   Coragem pra assumir o que sente, encarando as consequências (que não são poucas), são para poucos. Se expor, sabendo que será cruelmente massacrada, em nome de um sentimento, não é fácil. Tudo que fiz, não foi apenas pelo o que eu sinto por ele. Foi, principalmente, por amor a mim mesma. Por não querer perder alguém, que entre tantas, conseguiu renascer a Mariana que sempre fui, mas tinha medo de voltar a ser. Parece loucura, e é sim. É muita loucura minha querer ser eu mesma, no meio de tanta gente que finge ser quem não é. Quem conhece de fato, sabe que não estava bom pra ninguém. Não tivemos culpa por, no meio de tanta amizade e companheirismo, nos apaixonar. "E que minha loucura seja perdoada, pois metade de mim é amor... e a outra também."
   Não sei se tristeza mata, mas adoece. E foi na doença que eu pude enxergar o que não conseguia. Não, eu não estou curada. Vai começar um tratamento muito longo chamado: paz espiritual. Nada que não seja bom, vai permanecer em mim. Coisas, sentimentos, pessoas. Porque eu sei que tudo que eu estou passando, já passei e ainda vou passar, tem um proposito. Confio demais em Deus para ter medo do futuro, porque nada acontecerá sem que seja a vontade Dele. Tudo que vem de Deus, é bem vindo.
   Eu não vou poluir meu coração com sentimentos do passado. O passado existe para ser uma forma de aprendizado, e sim, eu já aprendi muito mesmo em tão pouco tempo de vida. Sei que essas doenças não são fáceis, mas Creio em Deus, que é Pai e Todo Poderoso.
E seja o que Deus quiser.



Beijo, Mari,

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sobre o amor.

   Já perdi a quantidade de vezes que ouvi dizer o quanto eu era uma menina romântica e doce. Digo ‘era’, justamente no sentido de passado. Infelizmente os acontecimentos da vida nos faz ter uma reação.
   Por muito tempo desacreditei no amor. Não conseguia mais acreditar que uma pessoa podia realmente amar verdadeiramente outra, principalmente quando essa outra pessoa sou eu. Tenho uma coleção de ilusões, decepções e mágoas que, por mais que já estavam devidamente perdoadas e em um lugar distante do coração, não consigo esquecer. E por não conseguir esquecê-las, quando deparo com um alguém interessante, todas essas lembranças vem à toa, e o sofrimento que me causou também.
   De fato, é difícil tirar da mente o que te fez sofrer. Até aquele machucado de infância, quando você lembra, consegue sentir a dor novamente. No coração, também é assim. Por saber o quanto sofreu, por mais que você tente se entregar para uma nova possibilidade, algo te faz recuar. Covardia. Medo. Insegurança.
   Não sou dessas que acredita que é possível amar só uma pessoa a vida toda. Eu acho que o amor acontece o tempo todo e é “eterno enquanto durar”. Amor é alegria, carinho, doação, segurança, confiança, paz.
   Por nunca ter lidado com algo tão verdadeiro, me acostumei com as coisas que apareciam na minha vida e me doava incansavelmente para que desse certo. E dava, mas não pra mim. Até que um dia de tanto se doar, você se perde. São tantas entregas e apostas que acaba cansando. Eu sempre tive esse “dom” de me entregar a todo mundo que amo (em todos os sentidos que a palavra amor se encaixe).

   Talvez isso seja um erro. Talvez. Entretanto, quando se ama, entrega-se é automático. No amor, não há mistérios. Onde tem amor, tem paz e felicidade. Que o amor esteja sempre dentro de todos nós!


Beijo, Mari.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sobre o medo e outros males

   Sinto um vazio, solidão e a certeza de que perdi algo. A fome some, a disposição também e tudo que resta são as lagrimas, a culpa e o medo de viver. Sempre ele.
   É tudo tão estranho. Minha cabeça dói por pensar demais, por querer resolver uma situação que não tem mais solução e buscar loucamente uma tentativa me frustra ainda mais. Acho que aquela frase: “perdas e ganhos” está fazendo sentindo pra mim só agora. No momento, não consigo ver nenhum ganho, apenas as perdas.
   Uma dor profunda, que só o tempo pode amenizar. Não sei se é tristeza ou se é a vida tentando recomeçar . Tudo está dando errado pra mim, até as coisas que já estavam dando certo. A vida quis me mostrar na prática que não temos controle de nada, nem de nós mesmo. E é isso que está acontecendo: perdi o controle de tudo que me envolve. Minhas certezas não são as mesmas e as duvidas estão cada vez maiores.
   Ter que lidar com o coração e a mente em sua eterna guerra racional x emocional sempre será a pior parte. É incrível como o medo me acompanha em tudo. Queria poder dizer que sou uma pessoa forte e que enfrentou seus medos, mas já vi que isso vai demorar. O meu medo de viver e ser feliz me aprisiona no meu quarto, vendo o mundo pela janela e moldada pelas opiniões alheias. Cansei de ser assim, de não ver a luz que todo mundo enxerga.
   Queria muito ter orgulho de mim mesma e do quanto fui capaz de enfrentar e solucionar um problema, seja qual for. Perder algo porque teve medo é a maior covardia do ser humano, principalmente quando isso envolve a sua felicidade. É abrir mão, é dizer um NÃO em alto e bom som... sem necessidade. Se esconder por trás da sua fraqueza e fingir uma coisa que não é. Essa não é você. Esse medo não pode dominar a sua vida. Enfrente, encare!
   Sinto um cansaço emocional que domina até o físico. E, para “equilibrar” isso, desconto toda a raiva que sinto de mim mesma no meu corpo, achando que assim, a dor no coração não vai gritar tão alto como está gritando agora. Até o sono, que sempre tive até demais, sumiu da minha vida. Deito na cama e passo horas virando para todos os lados, não procurando uma posição, mas sim tentando desligar a mente para conseguir dormir.
   Tudo que eu fiz, foi pensando no bem de todos ao meu redor e por ultimo em mim. E agora estou aqui, tão sozinha quanto qualquer animal abandonado, esquecido e até mesmo largado.
   Só... solidão... sozinha. Nunca palavras definiram tanto meu momento como essas.  Tenho vergonha de mim e do que me tornei. Essa mulher que não se comporta como tal. Essa criatura que não vive.
   Todos os dias peço para que, ao acordar, a dor diminua e que passe logo, para a alegria reinar. Não aguento mais carregar esse fardo e essa dor no coração.

‘Senhor, eu não aguento mais. Essa não sou eu, essa não é a Tua filha. Ilumina minha mente, acalma meu coração. Segura a minha mão e enfrenta as dificuldades comigo, pois sem Ti não sou nada. O mundo pode até me abandonar, mas Deus está comigo. Cuida de mim, meu Pai. Amém’

Beijo,
Mari.